PROJETO STOP BULLYING: AÇÕES DE ENFRENTAMENTO AO BULLYING


No decorrer deste ano foram realizadas diversas ações com os educandos da Escola Municipal São Luis Gonzaga, com a finalidade de enfrentar o bullying. Com o objetivo de trabalhar com os alunos a importância do olhar para o outro, de como as nossas atitudes e falas implicam diretamente nos sentimentos dos colegas, e que, muitas vezes, acaba por se magoar e se agredir. Na turma do 9º ano, após atividade do Topitto, no mês de abril, foi organizada uma entrevista com pesquisa sobre o bullying na escola.

A psicóloga escolar Cícera Michel destacou que: “Sabemos de dados nacionais do aumento de situações de bullying nas escolas e a prevenção é nosso caminho escolhido. Os estudantes treinaram a elaboração das perguntas e a preparação para executar a pesquisa que foi realizada com alunos do 5º ao 9º ano, com professores, funcionários e colaboradores na escola.”

Após essa pesquisa foi realizado em conjunto com o professor de matemática a organização dos dados e os gráficos com a porcentagem dos resultados obtidos. Após a coleta e construção dos gráficos referentes à pesquisa foi montada uma cartilha com a apresentação dos resultados. Foi formalizada nesta semana, no dia 06 de novembro a entrega e apresentação pelos alunos do 9º ano com auxilio dos professores e psicóloga escolar da cartilha explicando sobre o que é o bullying e as estatísticas da pesquisa realizada na própria escola.

Os resultados da pesquisa se encontram na cartilha e foram debatidos pelos estudantes como forma de sensibilização e promoção de novas formas de cuidado e “antibullying”, foram totalizando 47,6% dos que sim sofreram bullying é um índice alto e só mostra que precisamos falar sobre isso seguindo os indicativos nas leis nº 13.185 de 06 de novembro de 2015 e lei nº 13.474, de 28 de junho de 2010. 

Também com indicadores do que fazer em casos assim, os estudantes estão sendo protagonistas na ação e na própria formação sobre autocuidado, estimulando a autoestima e autoconfiança para se expressar e resolver conflitos. Habilidades que estão sendo desenvolvidas e com muito empenho por parte da equipe escolar que se preocupa e se posiciona para dialogar sobre temas complexos e que podem trazer marcas para toda a vida futura desses estudantes.

Após a apresentação e entrega da cartilha foi realizada uma intervenção de sensibilização contra o bullying com informações e atividades. Reconhecimento do que é bullying e formas de lidar, conversar com um adulto de confiança, não reagir da mesma forma, ser solidário e convidar os que não participam para serem amigos, aprender a lidar com os sentimentos, e pedir ajuda para os momentos em que não conseguem lidar com situações difíceis.

Para finalizar essa atividade, foi escolhido como base norteadora o livro ERNESTO de Blandina Franco e José Carlos Lollo, editora Companhia das Letrinhas. Esse livro foi escolhido porque todos os livros que tratam de Bullying contam histórias sobre o que acontece durante a agressão, mas são poucos os livros que mostram como a vítima se sente depois. E como a agressão continua gritando dentro dela. O livro tem pouco texto e muitos “brancos” onde vemos os silêncios, a solidão, a dor e o sofrimento do Ernesto. Quando chega o final do livro que fala “E Ernesto chorou”, perguntamos: O que você diria para Ernesto nesse momento? E o livro comove as crianças e adolescentes. Elas sentem muita empatia pelo personagem. A história mexe muito com todos. Os alunos e professores que participaram após leitura relatam histórias que presenciaram. Trabalhamos a partir disso palavras ou frases que os alunos falam de enfrentamento: ouvir as pessoas com atenção, não apelidar, abraçar, ter empatia, fazer amizade.

A pretensão com a cartilha não foi esgotar a discussão, o objetivo foi elucidar questões básicas relacionadas a ele, e manter um debate sobre essa questão pois na escola é importante que todos se sintam seguros e protegidos. O bullying propõe um trabalho em conjunto como uma engrenagem. Consideramos o problema como grupal, relacional, e desta forma deve haver um esforço conjunto para prevenção e ou tratar. Para tal convidamos a comunidade para entender mais sobre o tema e colaborar para prevenção.

 

FONTE: Cícera Michel (Psicóloga Escolar)

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