18 DE MAIO: DIA NACIONAL DE COMBATE AO ABUSO E A EXPLORAÇÃO SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Infelizmente vivemos esta realidade em nosso país e, a melhor maneira de combater esta violência e por meio da prevenção e da denúncia.


No dia 18 de maio celebramos o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Este dia foi instituído pela Lei Federal nº 9.970/2000, em memória ao caso de Araceli Crespo de apenas 8 anos, que foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada no dia 18 de maio de 1973. Neste ano de 2023, completam-se 50 anos desse trágico episódio, o que reforça a necessidade de seguir no combate a todos os tipos de violência contra crianças e adolescentes.

Todos os anos milhares de crianças e adolescentes são vítimas de abuso ou exploração sexual. Infelizmente vivemos esta realidade em nosso país e, a melhor maneira de combater esta violência e por meio da prevenção e da denúncia.

A psicóloga Cícera Michel trouxe um conteúdo importante que serve de alerta para pais e responsáveis:

 

RECADO AOS ADULTOS LEGAIS E RESPONSÁVEIS

 

Você sabia que 1 a cada 5 crianças sofre algum tipo de violência sexual durante a infância? E isso independe de etnia, cultura, idade, gênero ou classe social. O abuso sexual, na maioria das vezes, é cometido por uma pessoa da convivência da criança, na qual ela confia e tem sentimentos de afeto.

Na escola estamos realizando como uma ferramenta de proteção, explicando para as crianças a partir de 4 anos conceitos básicos sobre o corpo, sentimentos, convivência e trocas afetivas. De forma simples e descomplicada, ensina a diferenciar toques de amor de toques abusivos, apontando caminhos para o diálogo, proteção e ajuda. Boa comunicação é a chave de tudo. Nunca é cedo demais para a criança aprender esses conceitos, já que o abuso acontece em todas as faixas etárias. Estudos mostram que a informação em assuntos sobre o corpo e a sexualidade tornam a criança menos vulnerável ao abuso sexual e com competência e habilidade para se expressar e buscar ajuda caso esteja sofrendo este tipo de violência.

É importante que você, adulto legal e responsável, se informe também sobre este assunto, conheça as fases do desenvolvimento infantil e se lembre que ainda existem muitos mitos que precisam ser superados para que possamos cumprir nosso papel de proteção dos direitos das crianças. Informação é ouro!

Orientamos 5 ideias simples para saber se a criança construiu as noções básicas de proteção. Ela deverá ser capaz de:

  1. Entender que ela tem controle e é dona do seu próprio corpo.
  2. Compreender que tem o direito de recusar toques e carinhos, por mais inocentes que estes sejam.
  3. Saber nomear todas as partes do corpo, incluindo as partes íntimas, seja pelo nome científico ou pelos apelidos familiares.
  4. Diferenciar TOQUE DO SIM e TOQUE DO NÃO, levando em conta as circunstâncias de necessidade de cuidados de saúde e higiene.
  5. Identificar pessoas de confiança de sua convivência ou fora dela, caso precise de ajuda em situações de abuso sexual.

Conforme a criança vai crescendo, é importante não hesitar em voltar ao assunto quantas vezes achar necessário. Mostrar que está à disposição para conversar sobre todo e qualquer assunto e responder as perguntas com honestidade.

Crianças que têm liberdade para falar com seus pais/educadores abertamente terão uma fonte de proteção garantida contra os eventuais perigos.

 

Fonte: livro Pipo e Fifi - ensinando proteção contra a violência sexual.

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